“A-B” coming

Arriving this Friday to Lisboa, is “implosão“, the illustration platform featured here, that has its grounds in Caldas da Rainha. Know everything about it in the next lines.

 

 

Press Release

Cartaz_AB_net

Nesta semana divulgamos a nossa primeira exposição em Lisboa, a sétima no geral.
A Implosão é uma Plataforma de Ilustração/Ilustradores criada nas Caldas da Rainha em 2013 por estudantes da ESAD das Caldas da Rainha. No nosso currículo temos as mostras de ilustração homónimas: Implosão 1, Implosão 2 e Implosão 3; e as as pequenas exposições colectivas: Sardas das Caldas, Chouriços Transgénicos e Quem matou o Puto Pixel?.

Nos últimos 3 anos (antecipo, desde já, as minhas sinceras desculpas pelo trocadilho inevitável) implodimos consecutivamente. Criámos meios para mostrar e provocar a ilustração nas Caldas da Rainha. Porém, por mais gente que fosse incluída e por mais gente que nos viesse visitar, a Implosão sempre se tratou de um assunto de família. Foi um estágio, essencial à posição que agora tentamos ocupar. Frente a frente com os ilustradores, tal repórteres em cenários de guerra; estreitámos laços. Bem tratadinhos estes meninos nem se atreverão a rejeitar um convite lançado por nós, somos o mais próximo de xulo de ilustradores que poderia existir. Conquistámos os seus corações e hoje levamo-los (os corações) connosco até Lisboa, onde a festa continuará, com volume mais baixo porém de longe com melhor música (metáfora).
Em Lisboa pela primeira vez desafiámos o Carola, o Damn, a Murta e o Rubro (ambos velhos conhecidos) para a primeira exposição da Implosão fora das Caldas da Rainha. A partir de hoje fazemos as coisas de forma diferente, com a calma que a pouca experiência já nos trouxe. Abandonámos as mostras de ilustração, e tentamos agora criar exposições com uma base/conceito sustentável. A ilustração terá sempre de partir de algo. Esta exposição é a primeira de uma série de 5 que decorrerão ao longo de 2016 na capital.
A->B
João Carola, Damn, MURTA e Rubro

Exposição Colectiva de Ilustração.
Inauguração a 29 de Janeiro, ficará aberto até 13 de Fevereiro, no Irreal?4a a 6a feira – 19h00 às 00h00?Sábado – 20h00 às 2h00
Rua do Poço dos Negros, 59, São Bento, Lisboa
*A a B relaciona a Implosão com os ilustradores presentes e liga os ilustradores entre si. Abandonamos o nosso lar, forçados ou seguindo o rumo das coisas, e nesse instante perdemos o chão. No momento em que avançamos do ponto A ao B, sendo que A é a nossa casa de sempre e B a nova casa ou as várias novas casas, apagamos da memória o caminho de regresso a A.

Trocamos de A para B, de B para outro B e por vezes voltamos a A mas nunca vamos voltar a sentir o chão. O lar perde a magia que tinha antes de o termos corrompido e nunca será possível converter o ponto B a A. Talvez quando tivermos filhos.
Depois da adolescência, ou durante, existe outro período dominado pela incerteza. O momento em que abandonamos o nosso lar de sempre e nos predispomos a desbravar novos lares e situações, que até ai não nos são familiares. Partimos confiantes que vamos construir o nosso primeiro lar autónomo, mas descobrimos que casas e lares não são o mesmo, e que o segundo é algo incontrolável. Não há uma receita, porém quando pela primeira vez na vida temos um lugar só nosso não o sentimos dessa forma, e quando voltamos à nossa casa de sempre ela já não é o nosso lar. Existe um momento de transição na vida de cada pessoa, que é um vácuo entre o que fomos e o que vamos ser, um momento em que perdemos o nosso lar e não sabemos quando e se encontraremos outro. Deambulamos sem raízes.
O primeiro lar será sempre inesquecível, mas depois de experimentar uma vida diferente nada será mais perfeito do que a memória da nossa infância. A menos que nunca tenhamos tido um lar, aí continuaremos sem o sentir.

Esta colectiva aborda um tema e um método que é familiar a todos os envolvidos. O desafio lançado aos ilustradores foi criar uma ilustração tridimensional e uma bidimensional, e aproveitando os próprios esboços defender uma narrativa baseada na temática. Este método de trabalho em que incentivamos a exploração da ilustração e a identificação dos seus limites tem sido uma regra cada vez mais presente na Implosão. Não nos interessa responder o que significa ilustração e ilustrar, mas levantar questões sobre os caminhos que esta disciplina toma nos dias de hoje e tomará amanhã; mais concretamente nesta exposição discutimos de que forma a ilustração está associada ao papel e à bidimensionalidade e de que forma isso pode ser contrariado/evitado.

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